12/08/2014

O novo processador da IBM

A IBM revelou na semana passada um novo microprocessador, chamado TrueNorth, que tem o objetivo de simular a forma de pensar do cérebro humano para resolver problemas, em vez de confiar na força bruta dos cálculos matemáticos para a resolução.
O  TrueNorth foi criado para compreender o ambiente, lidar com ambiguidades e tomar ações em tempo real compatíveis com o contexto. A proposta seria também criar um dos chips mais eficientes em consumo da energia da história.
O TrueNorth conta com 5,4 bilhões de transistores, o maior número que a IBM já conseguiu colocar em um chip. Além disso, também estão inclusos 1 milhão de neurônios e 245 milhões de sinapses programáveis. Ele é modelado com base no cérebro humano, mas não chega perto dos 100 trilhões de sinapses dos humanos.

Mesmo assim, o gerente da IBM, Dharmendra Modha, diz que a quantidade é suficiente para fazer funcionar dispositivos que consigam emitir alertas de tsunamis, monitorar vazamentos de óleo, entre outras tarefas – tudo isso consumindo o mesmo tanto de energia que um aparelho auditivo.
Em tese, o chip poderia utilizar muito menos processamento para tarefas complexas, o que pouparia energia. Um exemplo é que um robô como existe hoje depende do processamento da imagem e um grande poder computacional para entender que está andando na direção de uma pilastra e desviar antes de colidir. Já o TrueNorth permitiria sentir o pilar e desviar do perigo como um humano faria.
Uma das possibilidades de aplicação da tecnologia é ajudar pessoas cegas a andar tranquilamente por um ambiente sem problemas.
O chip tem sido destaque por possivelmente ajudar a superar a arquitetura de Von Neumann, usada em basicamente todos os computadores desde 1948, que confia no sistema matemático para processamento. Assim, a máquina seria capaz de perceber e pensar em coisas de forma autônoma de forma semelhante aos seres vivos.
A empresa ainda não tem previsão de lançamento do TrueNorth. O chip já está em sua segunda geração e está em fase de pesquisas e testes e prazos de chegada ao mercado ainda são algo distante da realidade.
Fonte: Olhar Digital